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(Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados) |
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
defendeu nesta terça-feira (9) uma discussão sobre o corte de salários de
servidores públicos do Executivo, Legislativo e Judiciário como forma de
diminuir o impacto orçamentário provocado pela pandemia do novo coronavírus.
"Se os três Poderes estiverem de acordo, que não seja
um corte muito grande, cortando os salários mais altos por poucos meses, para
garantia da renda emergencial, tenho certeza de que o Parlamento está disposto
a dialogar e conversar para conseguir fazer o que é fundamental: cuidar dos
mais vulneráveis. Temos que construir as condições para continuar transferindo
renda”, disse Maia.
Segundo o parlamentar, o pagamento de todo o funcionalismo
público federal tem impacto de R$ 200 bilhões no Orçamento da União. Desse total,
R$ 170 bilhões são destinados ao Poder Executivo, R$ 25 bilhões ao Poder
Judiciário e ao Ministério Público e R$ 5 bilhões aos servidores do Congresso
Nacional, incluindo os parlamentares da Câmara e do Senado.
“Todos os salários [do funcionalismo público] são R$ 200
bilhões no ano, e o [pagamento] dos R$ 600 são R$ 100 bilhões em dois meses. O
Parlamento está disposto a sentar e dialogar. Essa proposta partiu da Câmara
dos Deputados, e vamos discutir condições de manter essa renda aos mais vulneráveis”,
disse o deputado.
Reforma tributária
Rodrigo Maia voltou a dizer que a Câmara dos Deputados não
vai votar aumento de carga tributária, especialmente após a crise provocada
pela covid-19. No entanto, afirmou que dedução do imposto sobre a renda é uma discussão
importante.
“Vamos criar um sistema mais simples e vamos avaliar se a
tributação sobre o consumo poderá ser maior do que a da renda, porque isso
significa que estamos tributando mais a base do que a elite”, disse Maia.
“Esse debate precisa ser feito. Na reforma da Previdência,
quem fez o sacrifício foram os servidores e os trabalhadores. Na
administrativa, são os servidores. Mas, na tributária, serão os empresários
porque, se não estiverem dispostos a contribuir, fica parecendo que vamos colocar
todos os sacrifícios no colo dos trabalhadores e dos servidores públicos”,
completou.
*Agência Brasil
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